Quarta Conferência Ministerial sobre a sociedade da informação será realizada em Montevidéu

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Altos funcionários, peritos e representantes do setor privado da região participarão de 3 a 5 de abril de 2013 na Quarta conferência ministerial sobre a sociedade da informação da América Latina e Caribe, que será realizada em Montevidéu, Uruguai.

Nessa reunião serão analisados temas como a expansão da economia digital na América Latina e no Caribe, a geração de políticas para massificar as novas aplicações das tecnologias da informação e das comunicações (TIC) e o cumprimento das metas acordadas em 2010 pelos países da região sobre esta matéria.

A conferência é organizada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) mediante o projeto CEPAL @LIS2 – cofinanciado pela Comissão Europeia – e o Governo do Uruguai, através da Agência de Governo Eletrônico e Sociedade da Informação (AGESIC). As conferências ministeriais anteriores foram realizadas no Rio de Janeiro (2005), San Salvador (2008) e Lima (2010).

O último Plano de ação regional para a sociedade da informação, eLAC2015, acordado pelos países em 2010 em Lima, propõe que as TIC sejam instrumentos de desenvolvimento econômico e de inclusão social. O plano foi elaborado de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e as diretrizes da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação (CMSI). A CEPAL exerce a secretaria técnica, o que implica coordenar trabalhos, fazer o acompanhamento dos avanços, publicar boletins informativos e intercambiar informação entre os atores relevantes.

O eLAC2015 conta com 10 diretrizes, seis prioridades e um total de 26 metas distribuídas em oito áreas temáticas: acesso, governo eletrônico, meio ambiente, seguridade social, desenvolvimento produtivo e inovação, ambiente habilitador, educação e instituições para uma política de Estado. Também foram estabelecidos 56 indicadores para sete das oito áreas temáticas do plano.

Na conferência de Montevidéu serão examinados os resultados e desafios regionais em matéria de sociedade da informação segundo as metas deste Plano de Ação.

Algumas das prioridades do plano são dar um salto para a universalização do acesso à banda larga, alcançar um governo eletrônico transacional e participativo e garantir o acesso, a segurança e a continuidade da atenção médica para os usuários dos serviços de saúde através das TIC.

A estas somam-se obter o acesso de todas as micro, pequenas e médias empresas (MPME) às TIC e promover a inovação, incentivar o emprego das novas tecnologias para a integração regional, universalizar o acesso a elas e expandir seu uso na educação.

Para a área de meio ambiente, estabeleceu-se como diretriz estimular “o uso das TIC para a mitigação do impacto da mudança climática e ampliar seu uso para a prevenção, mitigação e atenção dos desastres naturais ou situações de emergência”.

“A região avançou consideravelmente na produção estatística sobre TIC nos últimos anos: entre 2009 e 2010 os países da região produziam em média cerca de 70% dos indicadores-chave sobre TIC em suas pesquisas domiciliares e 85% dos indicadores-chave sobre TIC em suas pesquisas de empresas. Não obstante, ainda é evidente a falta de disponibilidade de informação em outras áreas, como saúde, educação, conteúdos digitais e governo eletrônico”, assinala a Lista de indicadores para o eLAC 2015.

Este documento, preparado pela CEPAL, é dirigido principalmente às instituições públicas relacionadas com a elaboração de políticas de desenvolvimento da sociedade da informação no âmbito do eLAC2015 e dos escritórios nacionais de estatística da região.

Na sessão de abertura da Quarta Conferência Ministerial, que terá lugar no dia 3 de abril de 2013 às 16 horas, participarão o Presidente do Uruguai, José Mujica, a Secretária Executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, e o Diretor de DG CONNECT.E da Comissão Europeia, Mario Campolargo.

Durante a reunião, a Secretária Executiva da CEPAL apresentará o livro Economia digital para a mudança estrutural e a igualdade, onde se afirma que a economia digital pode incentivar o investimento de longo prazo, a diversificação da estrutura produtiva e a maior convergência nos níveis de produtividade do conjunto da economia.