ESCRITÓRIOS REGIONAIS

Um novo olhar sobre o comércio de bens e serviços na América Central

camión
Foto: culpix/Flickr

A dinâmica integração dos países da América Central e República Dominicana gerou um maior intercâmbio de bens e serviços, com benefícios para a população ao se abrirem oportunidades de mercado para as pequenas e médias empresas (PME). O documento El comercio de bienes e servicios en Centroamérica: una nueva mirada (em espanhol), preparado pela Sede Sub-Regional da CEPAL no México, analisa os desafios da sub-região e formula ações e estratégias para que os países priorizem a integração sub-regional e fomentem a participação das PME.

Os indicadores analisados no estudo mostram o dinamismo do comércio intrarregional e sua tradução em benefícios para a região. Em primeiro lugar, destaca-se o elevado número de empresas centro-americanas relacionadas mediante encadeamentos produtivos diretos ou indiretos. Outro aspecto importante é a diversificação dos intercâmbios intrarregionais, que se estendem com rapidez aos setores de serviços. Finalmente, o comportamento do comércio intrarregional é pujante em função de seu valor agregado, grau de intensidade, tecnologia ou suas ponderações no comércio e competitividade global da sub-região.

O estudo foi organizado em quatro capítulos. O primeiro analisa as características sociais e econômicas mais destacadas da sub-região, observando-se que um dos maiores desafios é a diminuição da população em situação de pobreza.

O segundo capítulo analisa o processo de integração econômica dos países, enfatizando seus avanços tanto em matéria comercial como na formação de sua União Aduaneira. O mercado centro-americano se caracteriza pelo comércio de produtos de baixa e média tecnologia: 31% das exportações intrarregionais são desse tipo. As exportações baseadas em recursos naturais significam 29% do comércio interno, seguidas pelos produtos de tecnologia média.

O terceiro capítulo estuda o comércio internacional dos países da sub-região e ressalta que a liberalização comercial e o fortalecimento da integração centro-americana contribuíram para aumentar o comércio intra e extrarregional. Entre 2001 e 2011 as exportações de bens dos países do Mercado Comum Centro-Americano (MCCA) passaram de 10.184 milhões de dólares para 27.570 milhões de dólares, o que equivale a uma taxa de crescimento médio anual de 10,5%. Contudo, devido à maior proporção das importações, todos são deficitários no comércio internacional de bens.

O quarto capítulo comenta a importância crescente do comércio de serviços em escala mundial, expondo sua evolução, características e tendências, bem como a participação e o avanço deste tipo de comércio nos países da sub-região.

Finalmente, as micro, pequenas e médias empresas continuam sendo consideráveis fontes de emprego nos países da sub-região e fornecem uma ampla porção do produto interno bruto (PIB). Constituem a maioria do parque empresarial e, portanto, são atores essenciais para o fortalecimento da integração da sub-região. Apesar de as micro, pequenas e médias empresas não costumarem exportar, quando o fazem seu comércio se dirige principalmente aos países vizinhos da sub-região, o que sublinha a importância da integração regional para estas empresas. Ademais, os principais clientes das PME são outras empresas, motivo pelo qual costumam estar integradas em cadeias produtivas nacionais e regionais.

O documento foi realizado pela Sede Sub-Regional da CEPAL no México, com o apoio da Secretaria-Geral do Sistema de Integração Centro-Americana (SG-SICA), Secretaria de Integração Econômica Centro-Americana (SIECA), Centro de Promoção da Micro, Pequena e Média Empresa (CENPROMYPE) e Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento.


 

 


 

 

 

 
  Entre 2001 e 2011 as exportações de bens dos países do Mercado Comum Centro-Americano (MCCA) passaram de 10.184 milhões de dólares para 27.570 milhões de dólares, o que equivale a uma taxa de crescimento médio anual de 10,5%.
 
  As micro, pequenas e médias empresas continuam sendo consideráveis fontes de emprego nos países da sub-região e fornecem uma ampla porção do produto interno bruto (PIB).