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ARTIGOS |
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As mulheres podem ser mais produtivas que os homens no campo centro-americano
As mulheres rurais podem ser mais produtivas que os homens no México e América Central, mas para isso precisam ter ferramentas apropriadas, como insumos produtivos, microcréditos, assistência técnica e capacitação, segundo um novo estudo da CEPAL intitulado Produtividade agrícola da mulher rural na América Central e México. O trabalho, preparado por Diana Ramírez da Unidade Agrícola da Sede Sub-Regional da CEPAL no México, revisa a literatura existente sobre a produtividade feminina no mundo rural, apresenta um diagnóstico laboral deste setor da população e analisa as diferenças de produtividade entre homens e mulheres na Guatemala e El Salvador. O documento coincide com a celebração das Nações Unidas do Dia Internacional da Mulher 2012, cujo tema será: Capacitando Mulheres Rurais - Erradicar a fome e a pobreza. A publicação observa que a participação das mulheres na produção agrícola tem aumentado nos últimos anos. Delas depende a segurança alimentar de numerosas famílias rurais na América Central e México, mas a realidade é que “têm pouco acesso a recursos produtivos e créditos, precisam de assistência técnica e capacitação, muito poucas possuem terras e quando possuem têm uma reduzida extensão e são de baixa qualidade”. “Seu baixo desenvolvimento produtivo atua em detrimento de suas comunidades e dos países”, afirma o estudo. Em 2010 as mulheres constituíam aproximadamente 28% da população economicamente ativa (PEA) rural tanto na América Central como no México. A maioria trabalha a tempo parcial em atividades de baixa produtividade como o cuidado do gado, a coleta de água ou o processamento de produtos agrícolas. Embora as mulheres tenham uma renda menor, se considerarmos as horas trabalhadas, observamos que são tão produtivas quanto os homens e em alguns casos, como Costa Rica, El Salvador e Honduras, sua produtividade é maior. Aumentar a renda destas mulheres, diz o estudo, significa elevar os recursos de mais de 40% das famílias rurais pobres centro-americanas que elas chefiam. Isto se traduziria em melhoras na educação e nutrição das crianças e em maior crescimento econômico dos países. Um dos principais obstáculos para aumentar a renda das mulheres é o pouco tempo disponível. As estatísticas indicam que as mulheres rurais no México e na região centro-americana trabalham duas vezes mais horas que os homens e gastam energia no trabalho doméstico. As múltiplas atividades que elas realizam, como coletar lenha, carregar água, ir a centros de saúde e cuidar de crianças, limitam o tempo que poderiam dedicar a atividades produtivas. “Nas agendas nacionais tudo que se relaciona com a área rural adquire cada vez menos importância; não obstante, a insegurança alimentar na região exige uma estratégia que incentive as mulheres a converter-se em produtoras de alimentos e geradoras de renda nas famílias”, assinala o documento. “A formulação de políticas públicas que promovam igualdade e desenvolvimento equitativo requer a integração da perspectiva de gênero e a consideração do potencial produtivo que as mulheres representam. O reconhecimento da igualdade na distribuição de responsabilidades, oportunidades e direitos é uma condição necessária para promover sociedades justas e inclusivas”, acrescenta. O estudo propõe melhorar os serviços públicos e o acesso às comunidades, aplicar políticas que incentivem o intercâmbio de informação entre as mulheres e fomentar sua participação em cooperativas para ter maior acesso a terra, microcréditos e tecnologia, entre outras medidas.
Aumentar a produtividade das mulheres rurais é essencial para
reduzir a pobreza no México e na região centro-americana. Com os
incentivos apropriados, as mulheres rurais podem se converter em
um motor de desenvolvimento na região, resume o estudo.
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