ESCRITÓRIOS REGIONAIS

Colômbia avança nos ODM,
mas grandes diferenças regionais persistem


O escritório da CEPAL em Bogotá e o Governo da Colômbia elaboraram um segundo informe de progresso sobre o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) que apresenta os avanços, os desafios e as enormes diferenças regionais dentro do país em relação à maioria dos indicadores.

Quando da divulgação da Declaração do Milênio, o governo colombiano fez uma revisão das metas e indicadores propostos, adaptando-as ao país, fixando metas ainda mais ambiciosas e eliminando indicadores de menor relevância, por já terem sido cumpridos. Além disto, agregou outras metas, de acordo com prioridades nacionais.

Hoje, a Colômbia conta com dois informes que descrevem os esforços e progressos do país rumo ao cumprimento dos ODM. O primeiro foi publicado em 2006 e o segundo em março de 2010 como resultado de um processo participativo coordenado pelo Departamento Nacional de Planejamento da Colômbia e o escritório da CEPAL, em Bogotá.

O segundo informe conclui que o país está bem encaminhado, em termos de cobertura educativa, mortalidade infantil, atenção ao parto, mortalidade por câncer de colo do útero e cobertura de serviços de abastecimento de água e de saneamento.

Entretanto, os esforços não têm sido suficientes e ainda há dúvidas quanto ao cumprimento de metas acerca da pobreza e extrema pobreza (medidas com linhas nacionais), da desnutrição, mortalidade materna, uso de anticoncepcionais e gravidez na adolescência.

Além das médias nacionais, as políticas têm enfatizado as grandes discrepâncias regionais em relação à maioria dos indicadores. Será necessário dedicar maiores esforços à superação de tais iniquidades regionais, focalizando o trabalho no nível local.

Para elaborar este informe, foram realizadas mesas temáticas de trabalho com o apoio de consultores em cada um dos temas, contando com a participação ativa de representantes do governo e das diferentes agências do Sistema das Nações Unidas na Colômbia. Assim, foram produzidos os capítulos que compõem os documentos finais. O Departamento Administrativo Nacional de Estatística (DANE) assumiu papel de destaque como produtor e validador dos números utilizados nos informes.

O processo de elaboração do próximo informe teve início em maio deste ano. A primeira etapa terá foco no tema estatístico, dados os desafios impostos pela disponibilidade de um novo censo (2005) que requer modificações tanto nas metas, como nas linhas de base.

 

Indicador

Linha de base

Situação atual

Meta 2010

Meta 2015

OBJETIVO 1

Pessoas em situação de extrema pobreza

20,4%

16,4%

8,8%

8,8%

1991

2009

Pessoas em situação de pobreza

53,8%

45,5%

35,0%

28,5%

1991

2009

Crianças menores de 01 ano
com quadro de desnutrição

10,0%

7,0%

5,0%

3,0%

1990

2005

OBJETIVO 2

Analfabetismo entre 15 e 24 anos

3,8%

2,0%

1,4%

1,0%

1992

2008

Cobertura bruta no ensino fundamental

76,8%

109,4%

100,0%

100,0%

1992

2009

Cobertura bruta no ensino medio

59,1%

75,2%

73,0%

93,0%

1992

2009

Média de anos de escolaridade entre 15 e 24 anos          

7,0

9,3

9,7

10,6

1992

2008

Repetência no ensino fundamental e médio

6,1%

3,1%

4,0%

2,3%

1992

2008

OBJETIVO 3

Proporção de mulheres eleitas (governos regionais)

3,2%

3,1%

n.d

n.d

1998

2008

Proporção de mulheres eleitas (assembleias regionais)

5,3%

18,2%

n.d

n.d

1998

2008

Proporção de mulheres eleitas (prefeituras)

5,2%

9,5%

n.d

n.d

1998

2008

Proporção de mulheres eleitas (conselhos)

10,3%

14,5%

n.d

n.d

1998

2008

Estimativa de cargos de direção no nível nacional

32,0%

38,0%

n.d

n.d

2005

2008

OBJETIVO 4

Mortalidade em menores de 05 ano (por 1.000 nascidos vivos)

37,4

18,5

18,2

17

1990

2007

Mortalidade em menores de 01 anos (por 1.000 nascidos vivos)

30,8

15,3

16,5

14

1990

2007

Cobertura de vacinação (Tríplice Viral)

92,0%

92,4%

95%

95%

1994

2008

OBJETIVO 5

Mortalidade materna por 100.000 nascidos vivos

100,0

75,6

63,0

45,0

1998

2007

Mulheres com quatro ou mais consultas pré-natais

66,0%

78,2%

90,0%

90,0%

1990

2007

Atendimento institucional no parto

76,3%

97,8%

95,0%

95,0%

1990

2007

Atendimento no parto por pessoal qualificado

80,6%

97,8%

95,0%

95,0%

1990

2007

Uso de métodos anti conceptivos população sexualmente ativa

59,0%

68,2%

75,0%

75,0%

1995

2005

Uso de métodos de anticonceptivos população 15 - 19 anos

38,3%

55,5%

75,0%

75,0%

1995

2005

Adolescentes-mães ou grávidas

12,8%

20,5%

Menor a 15%

Menor a 15%

1990

2005

Mortalidade por câncer de colo do útero por 100.000 mulheres

13,0

7,1

8,8

5,5

1990

2007

OBJETIVO 6

Infecção por HIV/AIDS na população de 15 a 49 anos

0,65%

0,65%

Menor a 1,2%

Menor a 1,2%

2003

2003

Mortalidade por HIV/AIDS por 100.000 habitantes

5,4

5,7

n.d

n.d

2006

2007

Transmissão mãe/filho do HIV/AIDS - Casos

39

39

n.d

n.d

2008

2008

Cobertura de terapia antirretroviral

52,3%

76,0%

82,0%

96,0%

2003

2007

Mortalidade por malária

225

65

117

34

1998

2007

Mortalidade por dengue

234

101

106

46

1998

2007

OBJETIVO 7

Florestas reflorestadas (hectares por ano)

23.000

21.000

30.000

30.000

2003

2008

Áreas protegidas pelo Sistema de Parques (hectares)

10.157.020

11.518.483

11.545.225

10.322.020

2002

2008

Consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio (toneladas)

1.000

210

0

0

2003

2008

Cobertura urbana do abastecimento de água

94,6%

97,6%

98,3%

99,4%

1993

2008

Cobertura da coleta de esgoto urbano

81,8%

92,9%

94,0%

97,6%

1993

2008

Cobertura rural do abastecimento de água

41,1%

72,0%

72,5%

81,6%

1993

2008

Cobertura do saneamento básico rural

51,0%

69,6%

70,2%

70,9%

1993

2008

Habitações em assentamentos precários

19,9%

15,2%

n.d

4,0%

2003

2008

Progresso alto

 

Progresso médio

 

Progresso baixo

 


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  Os maiores esforços devem ser concentrados na superação das iniquidades regionais, com concentração no trabalho no nível local.
 
  Ainda há dúvidas quanto ao cumprimento das metas referentes a pobreza e extrema pobreza, desnutrição, mortalidade materna e uso de anticonceptivos.