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Novo estudo da CEPAL analisa a situação do combustível mais consumido no México: o gás natural

26 de setembro de 2022|Notícias

Pesquisa procura contribuir ao fortalecimento das políticas públicas em matéria de gás natural no México.

O consumo de gás natural no México cresceu consideravelmente nos últimos anos e converteu-se no combustível com maior participação no consumo primário de energia, principalmente devido à sua maior utilização na geração de eletricidade para substituir o carvão mineral e o petróleo e seus derivados.

Segundo um recente estudo publicado pela Sede Sub-Regional da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) no México, o gás natural é o combustível mais consumido nesse país desde 2014 e sua participação na pauta energética supera 48% e continua em alta. Há duas décadas é a fonte de energia com maior dinamismo e superou o crescimento da demanda de eletricidade e da economia. O motor desse dinamismo é a indústria elétrica, cuja demanda de gás quadruplicou entre 2000 e 2019, explicando 95% do aumento no consumo de gás no país.

A publicação O gás natural no México: impacto da política de autossuficiência, segurança e soberania na transição e integração energética regional analisa a situação do gás natural nesse país, inclusive a produção, o consumo e as importações, os problemas, as oportunidades e dilemas, especialmente as implicações da nova política energética em conexão com a transição energética realizada pelo atual governo mexicano, bem como as possíveis sinergias com os mercados emergentes de gás natural na América Central e no Caribe.

Com este documento – que foi enriquecido com os comentários e opiniões derivadas de uma reunião com especialistas da academia, do setor público e da indústria, realizada de maneira virtual em setembro de 2021 –  a CEPAL visa contribuir ao fortalecimento das políticas públicas em matéria de gás natural no México.

A crescente demanda de gás natural foi atendida com maiores importações, já que a produção não conseguiu acompanhar a demanda, motivo pelo qual o déficit teve que ser coberto com importações, que hoje representam 70% do consumo total do país e até 93% do total quando se exclui o gás seco consumido pela indústria petrolífera; 96% do fornecimento externo provém dos Estados Unidos, cujo mercado oferece a vantagem da proximidade, disponibilidade e baixo preço.

Desta forma, a queda na produção de gás natural no México e as crescentes importações de gás natural dos Estados Unidos converteram o México num importador líquido de gás natural e no segundo maior mercado do mundo em termos de importações líquidas de gás natural por gasoduto, somente atrás da Alemanha.

Segundo o documento, as importações continuarão crescendo, a menos que a política de autossuficiência, segurança e soberania da atual administração tenha êxito. A esse respeito, o estudo analisa o Plano Nacional de Desenvolvimento 2019-2024, o Programa Setorial de Energia 2019-2024, as novas diretrizes de política energética e as reformas propostas nas leis de eletricidade e de hidrocarbonetos.

Finalmente, a publicação examina as perspectivas dos mercados regionais de fornecimento de gás natural para a América Central e o Caribe e o papel que o México pode desempenhar.