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Reduzir as brechas de inclusão social da juventude, essencial para a América Latina

1 de outubro de 2013|Notícias

Durante o IX Fórum de Ministras e Ministros de Desenvolvimento Social realizado na Argentina, autoridades e expertos abordaram políticas e estratégias de inclusão social centradas na juventude. Os aportes dos três dias de reuniões geraram a Declaração de Buenos Aires.

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Dos jóvenes dandose la mano
Foto: Andrés Cristaldo/EFE

Os jovens latino-americanos sofrem atualmente de uma alta taxa de desemprego, baixos níveis de cobertura de seguridade social e uma participação no mercado de trabalho caracterizada por pouca produtividade e salários baixos, assinalou o Oficial a cargo do Escritório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) na Argentina, Martín Abeles, no Encontro Internacional Inclusão: Juventude e Gênero e IX Fórum de Ministras e Ministros de Desenvolvimento Social da América Latina, celebrados no Palácio San Martín de Buenos Aires, de 16 a 18 de setembro, convocados no âmbito do programa Gestão de Transformações Sociais (MOST) da UNESCO.

Segundo Abeles, as políticas de inclusão social da juventude devem tender a promover o desenvolvimento de suas capacidades, sobretudo dos jovens com menor renda, por meio de uma maior progressão escolar, educação de qualidade, capacitação e acesso às tecnologias da informação e das comunicações.

O IX Fórum de Ministras e Ministros de Desenvolvimento Social foi inaugurado pelo Chanceler Héctor Timerman e o Ministro de Educação, Alberto Sileoni, e encerrado pela Ministra de Desenvolvimento Social, Alicia Kirchner. Participaram do encontro funcionários responsáveis pela área social dos países da América Latina e da África do Sul, Burkina Faso, Etiópia, Filipinas, Quênia, Serra Leoa e Turquia.

O representante da CEPAL na Argentina agregou que a juventude é o grupo que absorve de maneira mais dinâmica os novos padrões tecnológicos para protagonizar a mudança estrutural e mostra maior sensibilidade aos temas de sustentabilidade do meio ambiente, pelo que esperamos dele um forte compromisso com o desenvolvimento produtivo sustentável.

Em seu discurso, Abeles recomendou facilitar a transição da educação ao emprego mediante políticas de intermediação no âmbito do trabalho, escutar as novas demandas dos jovens ao sistema político e buscar melhores formas de vincular as emergentes organizações juvenis e os sistemas de deliberação pública, como os partidos políticos, os meios de comunicação e o âmbito parlamentar.

As sessões do Fórum se posicionaram como espaços de diálogo, nos quais se abordaram políticas e estratégias de inclusão social centradas na juventude. Os aportes dos três dias de reuniões deram origem à Declaração de Buenos Aires, na qual se acordaram diversos pontos.

Entre eles, cabem destacar a construção e acompanhamento das políticas de inclusão de gênero e juventude a partir de seus protagonistas, a reafirmação da importância das políticas sociais integrais e transversais, evitando a implementação de programas formulados alheios às realidades que pretendem modificar e o reforço das iniciativas ora em andamento para a proteção e promoção dos direitos dos jovens.