A situação das pessoas portadoras de deficiência na América Latina e no Caribe foi analisada durante um conversatório realizado na sede da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) em Santiago do Chile, em 30 de maio, recém-passado.
Na jornada, representantes das organizações de pessoas portadoras de deficiência e suas famílias participaram de diálogo com observadores do Governo do Chile, de organizações locais de direitos humanos e do sistema das Nações Unidas.
O encontro foi inaugurado por Antonio Prado, Secretário Executivo Adjunto da CEPAL; Mauro Tamayo Rozas, Diretor do Serviço Nacional de Deficiência (SENADIS), e María Soledad Cisternas, Presidente do Comitê das Nações Unidas dos direitos dos portadores de deficiência, e teve como objetivo definir as prioridades estratégicas da agenda nacional e regional sobre deficiência e desenvolvimento para impulsionar um trabalho conjunto entre os organismos governamentais e a sociedade civil.
A partir destas prioridades, abriu-se um diálogo no qual se analisaram os principais obstáculos para que o Chile possa garantir plenamente o direito à participação política e social de todas as pessoas portadoras de deficiência.
Também se efetuou uma avaliação da implementação da Convenção sobre os direitos das pessoas portadoras de deficiência e seu Protocolo Facultativo por parte do governo do Chile, desde sua ratificação e posterior promulgação em agosto de 2008.
Este instrumento jurídico internacional busca proteger os direitos e a dignidade das pessoas com deficiência e, ao mesmo tempo, reafirma que todas as pessoas, qualquer que seja a sua deficiência, podem desfrutar de todos os direitos e das liberdades fundamentais.
O conversatório também permitiu às organizações de pessoas portadoras de deficiência e suas famílias compartilharem suas experiências e exporem suas principais preocupações aos representantes das autoridades locais e de organismos internacionais. Muitas delas vieram de outras regiões do país e a maioria valorizou esta oportunidade de ampliar e fortalecer suas redes sociais, um fator de primeira importância para avançar na defensa de seus direitos.
A reunião foi organizada pela Divisão de Desenvolvimento Social da CEPAL em colaboração com a Rede Latino-Americana de Associações de Pessoas com Deficiência e suas Famílias, a Corporação Nacional de Usuários, Familiares e Amigos de Pessoas com Afecções de Saúde Mental, o Círculo de Emancipação de Mulheres e Meninas com Deficiências do Chile, a União Nacional de Instituições de Cegos do Chile, Soluções Inclusivas://www.20422.cl/, a Escola de Terapia Ocupacional da Universidade de Chile e a Associação de Surdos do Chile.
Os comentários das mais de cinquenta organizações de pessoas com deficiência que apresentaram intervenção nas três rodadas de discussão estão disponíveis tanto em texto como em vídeo no sítio web://www.20422.cl/cepal/ .
