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Autoabastecimento de energia elétrica permitiria diminuir custos e baixar emissões de gases em El Salvador

8 de setembro de 2015|Notícias

Estudo da CEPAL que analisa esse tipo de projetos no setor têxtil indica que são economicamente viáveis e beneficiariam o país.

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Foto de paneles solares.
Foto: vituh/Flickr

A implementação de projetos fotovoltaicos para autoabastecimento de energia elétrica em empresas de fiação, tecelagem e confecção de fibras sintéticas e roupa esportiva de El Salvador teria vários benefícios para o país, segundo um recente estudo publicado pela Sede Sub-Regional da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) no México.

O documento Estratégia de autoabastecimento de energia elétrica em empresas da cadeia de fibras sintéticas-roupa esportiva de El Salvador indica que este tipo de iniciativas não só favoreceria os empresários com uma redução da conta de eletricidade e uma maior disponibilidade de energia, mas também no âmbito nacional permitiria diminuir a emissão de gases do efeito estufa e fomentaria a diversificação das fontes de energia que esse país utiliza.

Segundo o relatório, as tarifas elétricas para consumo industrial cresceram nominalmente 77,2% entre 2007 e 2014, o que torna urgente a busca de estratégias que diminuam seu impacto na estrutura de custos da cadeia de produção têxtil.

O estudo realiza uma análise de pré-viabilidade levando em consideração a rentabilidade econômica e o marco regulatório que se aplica ao setor eléctrico de El Salvador. A seleção de empresas e o levantamento da informação necessária foram realizados conjuntamente entre a CEPAL, o Ministério de Economia de El Salvador (MINEC) e a Câmara da Indústria Têxtil e Zonas Francas (CAMTEX).

A pesquisa conclui que os projetos de autoabastecimento elétrico são economicamente viáveis, pois proporcionam uma taxa interna de retorno de capital que varia entre 13,6% e 18,4%, conforme sejam financiados com recursos próprios ou utilizam uma alavancagem de 70%. Isto significa que o capital seria recuperado em 7,8 anos no primeiro caso e em 8,9 anos no segundo, o que abre a possibilidade de formular estratégias orientadas à implementação de projetos de geração elétrica a partir de fontes renováveis.

Com relação ao marco regulatório, o documento assinala que, embora El Salvador tenha criado instrumentos para fomentar os projetos de geração com base em energia renovável, ainda não existe uma legislação adequada para os produtores industriais autossuficientes com iniciativas pequenas (menos de 5 MW) que desejem fornecer à rede seus excedentes de eletricidade. Portanto, seria necessário criar normas específicas para as energias renováveis não convencionais que incluam este tipo de produtores, afirma o estudo.