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"A mudança estrutural é o caminho, a política o instrumento e a igualdade o objetivo fundamental"

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29 de agosto de 2012|Comunicado de imprensa

A representante do organismo das Nações Unidas e o Presidente de El Salvador, Mauricio Funes, inauguraram o Trigésimo quarto Período de Sessões da CEPAL na capital salvadorenha.

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El Presidente de El Salvador, Mauricio Funes, y la Secretaria Ejecutiva de la CEPAL, Alicia Bárcena, se saludan tras la inauguración del trigésimo cuarto período de sesiones en El Salvador.
El Presidente de El Salvador, Mauricio Funes, y la Secretaria Ejecutiva de la CEPAL, Alicia Bárcena, se saludan tras la inauguración del trigésimo cuarto período de sesiones en El Salvador.
Foto: Gentileza Cancillería de El Salvador

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(28 de agosto de 2012) Ao inaugurar o trigésimo quarto período de sessões da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a Secretária-Executiva, Alicia Bárcena, e o Presidente de El Salvador, Mauricio Funes, acordaram que a mudança estrutural é o caminho para o crescimento com igualdade na região.

"Hoje nos reunimos em El Salvador alentados por uma prudente ambição. Trazemos uma proposta e uma aposta audaz, que se baseia na mudança estrutural para a igualdade, ou seja, transformar qualitativamente a estrutura produtiva da região, para fortalecer setores e atividades intensivas em conhecimentos e, assim, gerar mais e melhores empregos", afirmou Bárcena.

Por sua parte, o Presidente Funes advertiu que "a desigualdade leva à instabilidade econômica. Não pode existir um verdadeiro e pleno desenvolvimento sem igualdade". "Não é possível potencializar o avanço de um país sem uma mudança rumo a  uma redistribuição progressiva de renda", acrescentou.

 "Na CEPAL insistimos na necessidade de formar uma nova equação entre o Estado, o mercado e a sociedade, que inclua pactos fiscais e sociais, que dotem de legitimidade e recursos esse processo de mudança estrutural", assinalou Bárcena.

"A mudança estrutural é o caminho, a política o instrumento e a igualdade o objetivo fundamental", explicou.

Em sua intervenção aos delegados dos 44 países membros da CEPAL e aos oito países associados, Bárcena reconheceu que na América Latina e no Caribe foram redobrados os esforços para a integração e a cooperação da região.

Por essa razão, o organismo colabora com a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), com a União das Nações Sul-americanas (UNASUL) e com a Aliança Bolivariana (ALBA) e tenta reforçar a cooperação com a Comunidade do Caribe (CARICOM), com a Associação Latino-americana de Integração (ALADI), com o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e com o Sistema de Integração Centro-americana (SICA).

"Consideramos a criação de novas organizações durante a última década um avanço para promover a integração e a cooperação. Este é um passo a mais para o cumprimento de um dos sonhos mais almejados pela CEPAL: a integração regional", acrescentou.

Ao agradecer ao Presidente Funes e ao povo salvadorenho por serem anfitriões e acolher o trigésimo quarto período de sessões da CEPAL, Bárcena recordou a comemoração dos 20 anos do processo de paz que deu fim à violência e estabeleceu a democracia nesse país.

Por sua parte, o Presidente salvadorenho afirmou que "a reivindicação de longo prazo e do planejamento, a necessidade da transformação produtiva, a aposta estratégica pela igualdade e pela construção de um Estado a serviço da democracia e do desenvolvimento, são aspectos que meu governo compartilha plenamente com a CEPAL".

"Estou de acordo com Alicia (Bárcena) quando nos convida a reformular a relação mercado-sociedade-Estado. E estou também de acordo que já não podemos continuar enfraquecendo nossos Estados, mesmo quando temos que apostar também no fortalecimento da participação cidadã", acrescentou.

A Secretária-Executiva da CEPAL assegurou que apesar das turbulências internacionais na América Latina e no Caribe há um ânimo positivo. "Temos aprendido a ser prudentes no âmbito macroeconômico e progressistas no social, aplicando medidas anticíclicas diversas, desde moderadas e transitórias até estruturais, que evitarão custos sociais irreversíveis", reforçou.

Nas últimas duas décadas os Estados da região dimimuíram o número de pessoas que viviam na pobreza, de 48,4% (1990) para 30,4% (2011). A extrema pobreza diminuiu quase 10 pontos, ao passar de 22,6% para 12,8%. O emprego aumentou em quantidade e melhorou em qualidade, destacou.

"Entetanto, temos heranças  no interior da região que perpetuam desigualdades e mecanismos de exclusão. Persiste a rigidez das brechas produtivas e ainda há pouca mobilidade social em grupos de baixa produtividade", advertiu Bárcena.

Em  nome do Governo de El Salvador, o Ministro das Relações Exteriores, Hugo Martínez, deu as boas-vindas à Secretária-Executiva, Alicia Bárcena, aos delegados da CEPAL, aos representantes do Poder Legislativo, aos acadêmicos, aos empresários e convidados para o  início dos trabalhos do Trigésimo quarto Período de Sessões.

A reunião terminárá na sexta-feira, 31 de agosto, quando se discutirá o documento Mudança estrutural para a igualdade. Uma visão integrada do desenvolvimento, onde se propõe um caminho para o crescimento com igualdade e com sustentabilidade ambiental.

Na tarde de terça-feira os organismos subsidiários da CEPAL - a Conferência Estatística das Américas, a Conferência Regional da Mulher da América Latina e do Caribe e o Comitê Especial de da CEPAL sobre População e Desenvolvimento - apresentaram seus relatórios de atividades 2010-2012.

Na quarta-feira ocorrerá a sessão do Comitê Sul-Sul; na quinta-feira se realizará o Seminário de Alto Nível - Mudança estrutural para a igualdade: Uma visão integrada do desenvolvimento. Na sexta-feira, dia do encerramento, será realizado o Diálogo de Altas Autoridades.

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