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"Vencer a pobreza é um imperativo moral, mais que um desafio técnico"

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29 de outubro de 2012|Comunicado de imprensa

Mandatário afirmou que para ele é necessário vontade política para superar os problemas impostos por sistemas perversos e excludentes.

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El Presidente de Ecuador, Rafael Correa, y la Secretaria Ejecutiva de la CEPAL, Alicia Bárcena, en la sede de la Comisión en Santiago, Chile.
El Presidente de Ecuador, Rafael Correa, y la Secretaria Ejecutiva de la CEPAL, Alicia Bárcena, en la sede de la Comisión en Santiago, Chile.
Foto: Carlos Vera / CEPAL

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(26 de outubro de 2012) O Presidente do Equador, Rafael Correa, declarou hoje, em uma Conferência na sede da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), em Santiago, Chile, que o grande desafio do nosso continente é a superação da pobreza.

O primeiro mandatário equatoriano foi recebido por Alicia Bárcena, Secretária Executiva desta Comissão Regional das Nações Unidas, que lhe deu as boas-vindas em nome da instituição.

Participaram na Conferência autoridades, representantes diplomáticos, funcionários de organismos internacionais e membros de instituições da sociedade civil.

Assistiram o Secretário Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, o ex-Presidente do Chile, Patricio Aylwin, e os ministros equatorianos de Relações Exteriores, Comércio e Integração, Ricardo Patiño, de Coordenação de Setores Estratégicos, Jorge Glas, de coordenação de Patrimônio Natural María Fernanda Espinosa, da Cultura, Erika Sylva e da Ciência e Tecnologia, René Ramírez.

 "Na América Latina, chegou a hora da igualdade. Nossa convicção é que somente a partir da titularidade de direitos é possível alcançar a profundidade da democracia", afirmou Bárcena que destacou, também, os progressos realizados pelo governo do Equador na redução da pobreza e da desigualdade, a partir de mudanças em sua estrutura econômica e social.

"A CEPAL reafirma que a chave mestra da igualdade é o emprego com plena titularidade de direitos e que a política social é o complemento indispensável para enfrentar riscos no caminho da mudança estrutural. Não somente no social se transforma o social", acrescentou a Secretária Executiva do organismo.

Agradecendo as boas-vindas, o Presidente Correa concordou com a funcionária das Nações Unidas em que a derrota da pobreza deve ser o grande objetivo das sociedades latino-americanas. 

"O grande desafio para nossa América, o imperativo moral, é vencer a miséria e a pobreza. É uma vergonha para a América Latina - um continente que tem tudo para ser o mais próspero do planeta- continuar com os atuais níveis de desigualdade que, por sua vez, produzem essa miséria e essa pobreza", afirmou.

 "Este é o desafio no planeta inteiro: vencer a pobreza que, pela primeira vez na história, não é fruto de escassez de recursos nem de fatores naturais, mas de sistemas perversos e excludentes. Para isso, é necessário que ocorram mudanças em relação a poder e em processos políticos", afirmou Correa.

O Presidente do Equador explicou que a eliminação da pobreza não somente se alcança com o crescimento econômico, mas também com uma melhor distribuição de renda. Acrescentou que a diminuição deste flagelo deveria ser o parâmetro de medição do progresso das nações e não a renda per capita como se faz atualmente.

 "Enquanto houver um único latino-americano em condição de pobreza não é possível dormir tranquilo", assinalou.

O Presidente equatoriano delineou os quatro fatores que são necessários para conseguir erradicar a pobreza: um sistema impositivo mais justo, pelo qual os ricos paguem mais impostos, um gasto público que financie a titularidade de direitos como garantia da igualdade, o governo dos mercados em função de objetivos sociais, e uma adequada distribuição do acervo social, tanto público como privado.

Detalhou, também, os avanços alcançados pelo seu governo, com realizações concretas como a queda do índice de Gini (que mede a desigualdade) de 0,55 para 0,47; a regulamentação do salário digno; a reforma fiscal, que implicará em um aumento do investimento social de 4% para 11%; e o acesso universal à educação pública gratuita e de qualidade, entre outros.

Ao finalizar a Conferência, a Secretária Executiva da CEPAL e o Presidente Correa acordaram a realização de um encontro no Equador para a discussão, desde uma perspectiva nacional, das ideias propostas no documento Mudança estrutural para a igualdade: Uma visão integrada do desenvolvimento, apresentado por esta Comissão Regional das Nações Unidas em seu último Período de Sessões, realizado em agosto passado.

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