(10 de setembro de 2011) Os ministros e representantes dos governos da América Latina e do Caribe, reunidos na sede da CEPAL em Santiago do Chile, assinalaram que é necessário criar uma institucionalidade global para o desenvolvimento sustentável que seja eficiente e flexível e alcance uma efetiva integração de seus três pilares (as dimensões econômica, social e ambiental), ao término da Reunião Regional Preparatória para a América Latina e o Caribe da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
Os delegados apontaram, frente à próxima Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Río+20), que será realizada em 2012, no Rio de Janeiro, Brasil, que se deve buscar uma mudança nos padrões de produção e consumo, assim como melhores formas de medir a riqueza no países que reflitam adequadamente os três pilares do desenvolvimento sustentável, "preservando os princípios fundamentais das responsabilidades comuns, mas diferenciadas e equitativas".
Após três dias de deliberações, os representantes reconheceram os avanços obtidos até o momento desde a Cúpula da Terra de 1992 e as lacunas que persistem na região para alcançar os objetivos do desenvolvimento sustentável, os quais são mais preeminentes para os pequenos Estados insulares do Caribe.
"Nós partimos com a sensação de haver dado um importante passo na busca de uma posição regional que nos represente no Rio, sinal, que estou certo, será bem recibido pelos distintos atores das nossas sociedades preocupadas com um futuro seguro das atuais e futuras gerações", assinalou José Luis Balmaceda, Diretor de Meio Ambiente e Assuntos Marítimos do Ministério das Relações Exteriores do Chile e vice-presidente da reunião.
"Desejamos ao Brasil o melhor dos êxitos. A CEPAL está à disposição do país sede", disse Alicia Bárcena, Secretária Executiva da CEPAL.
Sobre a reunião, a Secretária Executiva assinalou que para a CEPAL foi uma honra acompanhá-los nesse processo preparatório. "Prepararemos um relatório onde incluiremos todas a vozes que intervieram nesse encontro", indicou.
No documento com as conclusões da reunião, os delegados assinalarm que "alguns dos obstáculos para alcançar o desenvolvimento sustentável são a brecha científica e tecnológica, a insuficiência do financiamento e a fragmentação da implementação".
Indicaram também a necessidade de "erradicar a pobreza extrema, obter financiamentos novos, adicionais, estáveis e previsíveis para apoiar as atividades de implementação nos países em desenvolvimento, assim como o cumprimento dos compromissso para a mitigação e adaptação à mudança climática e a criação de resiliência aos seus impactos, e maiores níveis de cooperação Sul-Sul e a troca de experiências exitosas".
Também incluiram "a implementação cabal dos direitos de acesso à informação, participação e justiça ambiental consagrados no Princípio 10 da Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento ".
Os delegados dos Estados da América Latina e do Caribe manifestaram igualmente sua firme determinação de prosseguir com seus esforços em favor do desenvolvimento sustentável, com o propósito primordial de alcançar a equidade em nossas sociedades, tendo em conta as particulariedades de cada um dos países da região.
Os países da região reafirmaram também o compromisso de seguir contribuindo de forma construtiva para alcançar um resultado exitoso na Rio+20 e agradeceram a CEPAL pelo seu permanente esforço e apoio direcionados aos países da região no que diz respeito a esse tema.
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