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Que é a bioeconomia e qual o seu grau de desenvolvimento na América Latina e no Caribe?

14 de dezembro de 2017|Notícias

Este conceito tem recebido pouca atenção nas políticas públicas dos países da região, apesar da contribuição que pode dar à consecução dos ODS, assinala um novo estudo da CEPAL.

 “Na América Latina há um grande potencial para o desenvolvimento da bioeconomia como uma alternativa para a diversificação produtiva e a agregação de valor no meio rural, especialmente nos setores agrícola e agroindustrial”, assinala um novo estudo publicado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) intitulado Bioeconomia na América Latina e no Caribe. Contexto global e regional e perspectivas.

Apesar do potencial, o conceito tem recebido pouca atenção nas políticas públicas dos países da região, indica a CEPAL. “Até agora não existem estratégias dedicadas de bioeconomia, como acontece em outras regiões, sobretudo na Europa”, informa o documento dividido em cinco seções.

A primeira seção examina as características da bioeconomia; a segunda destaca a natureza integradora do conceito e sua relação com a Agenda de Desenvolvimento 2030 para o Desenvolvimento Sustentável; a terceira avalia seu potencial e a estrutura institucional na América Latina e no Caribe; a quarta apresenta informações sobre a importância econômica da bioeconomia (a partir da análise da composição das exportações em 32 países da região); a última identifica oportunidades e desafios.

De acordo com o texto, uma bioeconomia é uma economia baseada no consumo e na produção de bens e serviços derivados do uso direto e transformação sustentável de recursos biológicos, incluindo os resíduos de biomassa gerados nos processos de transformação, produção e consumo, aproveitando o conhecimento dos sistemas, princípios e processos e as tecnologias aplicáveis ao conhecimento e transformação dos recursos biológicos e a emulação de processos e princípios biológicos.

O documento cita três exemplos de recursos biológicos que podem servir de base para o desenvolvimento de estratégias nacionais e regionais de bioeconomia: a biodiversidade (incluída a agrobiodiversidade), especialmente em países megadiversos e com ecossistemas únicos; a capacidade para produzir biomassa para diversos usos, além de alimentos; e a disponibilidade de resíduos agrícolas e agroindustriais.

“Tomando a Agenda 2030 como referência, a bioeconomia é uma alternativa para a especialização inteligente dos territórios, para a inovação e a mudança estrutural com enfoque de sustentabilidade, bem como para potencializar políticas de desenvolvimento agrícola e rural”, enfatiza o estudo preparado por Adrián G. Rodríguez, Chefe da Unidade de Desenvolvimento Agrícola da Divisão de Desenvolvimento Produtivo e Empresarial da CEPAL, com a colaboração de Andrés Mondaini e Maureen Hitschfeld, Assistentes de Pesquisa da mesma Unidade.