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Políticas coordenadas de logística e mobilidade são essenciais para alcançar um desenvolvimento sustentável na região

3 de dezembro de 2015|Notícias

Novo documento da CEPAL dá orientações aos países para avançar rumo a uma maior integração.

Grande parte das exportações regionais (recursos naturais, produtos de empresas maquiladoras e produtos perecíveis, por exemplo) são altamente sensíveis aos custos logísticos e ao tempo de traslado, já que variações nos custos de transporte, a escassez de infraestrutura ou uma facilitação deficiente podem deixá-las fora do mercado. Por isso, é essencial coordenar as políticas de logística e mobilidade, assinala a CEPAL em um novo relatório.

No documento Políticas de logística e mobilidade para o desenvolvimento sustentável e a integração regional, a comissão regional das Nações Unidas apresenta um marco geral para a formulação de políticas nacionais de logística e mobilidade com pautas comuns para os países da América Latina e do Caribe, com o fim de convergir no médio prazo em políticas regionais que aproveitem todas as vantagens de uma integração plena e sustentável.

Segundo a CEPAL, embora as grandes cadeias de valor de empresas de capitais locais ou estrangeiros realizem uma gestão integrada que controla a totalidade da cadeia logística e alcança altos níveis de eficiência, também existem pequenos produtores e empresários que carecem da escala e capacitação necessária para administrar sua logística de forma eficiente.

Tanto a CEPAL como outros organismos multinacionais e nacionais identificam um grande número de desafios tradicionais e emergentes nos temas de logística e de mobilidade e sua relação com o desenvolvimento econômico. Ademais, a discussão sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – recentemente aprovados pelos países-membros da ONU - mostra a existência de um vínculo virtuoso entre um bom desempenho logístico, serviços eficientes de mobilidade e o desenvolvimento sustentável. “Para melhorar isto, é preciso haver uma devida coordenação e articulação das ações públicas e privadas, que a forma tradicional de fazer política e regular os serviços não pôde resolver adequadamente”, indica a publicação.

O documento baseia-se nos resultados de nove seminários nacionais de política de logística e mobilidade realizados no Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Nicarágua e Panamá. Para 2016 estão previstos mais seminários similares em Belize, México, República Dominicana e Peru, além de outros países do Caribe.

De acordo com a CEPAL, um aspecto central é fortalecer as instituições nacionais e regionais, tanto na esfera técnica — quer dizer, nas metodologias e na rigorosidade das avaliações das políticas de logística e mobilidade — como no âmbito político, particularmente na formulação dos projetos, coordenação e participação na tomada de decisões. Somente assim será possível avançar progressivamente uma integração física para uma integração produtiva e logística mais efetiva.

O documento acrescenta que os ganhos de competitividade e bem-estar que se obtêm mediante um planejamento harmonizado da infraestrutura e a coordenação de serviços de logística e mobilidade para atender um mercado regional são superiores aos benefícios que poderiam ser alcançados individualmente.