Estudo explora vínculos entre crescimento econômico, coesão social e igualdade na região

2 de Dezembro de 2013 | News

O documento, preparado por peritos da Sede Sub-Regional da CEPAL no México, analisa o tema da violência.

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O crescimento econômico, embora seja uma condição básica para avançar rumo a sociedades mais igualitárias, justas e inclusivas, não garante que os países se encaminhem para a consecução dessas metas, sugere o estudo Crescimento econômico e coesão social na América Latina e no Caribe, publicado por funcionários da Sede Sub-Regional da CEPAL no México.

Para os autores, Mariela Buonomo e Pablo Yanes, é necessário considerar as características e qualidade do crescimento econômico, o arcabouço de direitos em que se concretiza, seus impactos distributivos e o tipo de vínculos e relações sociais que o moldam e definem.

No documento os autores desenvolvem uma primeira abordagem dos vínculos entre crescimento, coesão social e desigualdade e incluem o tema da violência como um aspecto importante a ser explorado.

A violência, assinalam, é um dos fatores que obstaculizam o desenvolvimento da América Latina e do Caribe. Por um lado, afeta os ativos das pessoas e leva à depreciação do capital físico, humano e social; por outro, implica custos diretos e indiretos (desviando recursos que poderiam ser dirigidos a outros usos) que afetam a economia e a sociedade.

Nos últimos 30 anos a região da América Latina e Caribe registrou importantes mudanças institucionais, econômicas e sociais e, particularmente desde os anos 90, alcançou taxas de crescimento superiores à média mundial.

Para obter um crescimento com igualdade, afirmam os autores, são importantes tanto a estrutura produtiva como o sistema distributivo dos países. Por isso, a CEPAL postula a ideia-força de crescer para igualar e igualar para crescer.

O relatório apresenta a evolução da pobreza e da distribuição de renda de 1980 a 2011 na América Latina e vincula esta evolução com o crescimento econômico. Depois, observa indicadores em matéria de educação e saúde e os relaciona, de igual forma, com o crescimento e a desigualdade.

Finalmente, expõe os principais indicadores de violência e insegurança e sintetiza o impacto desses fenômenos sobre o crescimento econômico na região.

Alguns estudos estimam que os custos diretos e indiretos da violência sobre bens e pessoas representam 14,2% do PIB da América Latina, a perda de capital humano associada à violência quase 2% do PIB, a perda de recursos de capital 4,8% e as transferências às vítimas cerca de 2% do PIB.

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