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Economia digital representa 3,2% do PIB em quatro países da região

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15 de abril de 2013|Comunicado de imprensa

Hoje foi inaugurada com a presença do Presidente do Uruguai a Quarta Conferência Ministerial sobre a Sociedade da Informação da América Latina e do Caribe.

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Inauguración de la Cuarta Conferencia ministerial sobre la sociedad de la información de América Latina y el Caribe
Inauguración de la Cuarta Conferencia ministerial sobre la sociedad de la información de América Latina y el Caribe
Foto: Gentileza de AGESIC

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(3 de abril de 2013) "A região deve avançar da economia digital para a mudança estrutural e a igualdade", propôs hoje Alicia Bárcena, Secretária-Executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), durante a inauguração da Quarta Conferência Ministerial sobre a Sociedade da Informação da América Latina e do Caribe, junto com o Presidente do Uruguai, José Mujica, e o Diretor da DG CONNECT.E da Comissão Europeia, Mario Campolargo.

A infraestrutura das telecomunicações - particularmente as redes de banda larga-, as indústrias de tecnologias da informação e das comunicações (TICs) -software e aplicativos, hardware e serviços TICs- e o grau de alfabetização digital dos usuários são os componentes da economia digital. Isto, segundo medições preliminares desenvolvidas pela CEPAL com dados de 2008, representa em média 3,2% da economia de quatro países da região (Argentina, Brasil, Chile e México), um dado significativo caso se considere que a União Europeia alcança 5%.

"A nova civilização digital precisa levar cada um a escolher seu nicho, sua diversidade... Defendo a política no sentido mais amplo, porque a tecnologia, por si só, não necessariamente se preocupa com a igualdade... Vocês (os participantes da reunião) têm uma responsabilidade de caráter histórico de lutar por um mundo melhor", disse o Presidente José Mujica, ao inaugurar oficialmente a reunião.

Mario Campolargo afirmou que a América Latina e o Caribe e a Europa devem explorar novas formas de colaboração e se beneficiarão enormemente se regularem, de forma similar e eficiente, suas economias digitais. Pediu aos participantes que busquem uma solução comum aos múltiplos desafios que propõe a expansão da economia digital.

 Efetivamente, a América Latina e o Caribe avançam em direção a duas velocidades tecnológicas muito diferentes, propõe o livro Economia digital para a mudança estrutural e a igualdade que a CEPAL apresentará durante a Conferência Ministerial que ocorre de hoje até sexta-feira, na capital uruguaia.

Embora em alguns países as tecnologias da informação e das comunicações (TICs) estejam tendo um impacto positivo no crescimento econômico, no investimento tecnológico, na estrutura produtiva e no comportamento das empresas e dos consumidores, em outros países os progressos são mais lentos, tornando necessário reforçar as instituições e as políticas públicas com uma visão estratégica de longo prazo, disse o organismo.

A Secretária-Executiva da CEPAL exemplificou o assimétrico desenvolvimento da infraestrutura crítica com a penetração da banda larga móvel na região: nos três países mais avançados é 15 vezes maior do que nos mais atrasados. Observa-se, também, um aumento da brecha digital da América Latina em relação aos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) em banda larga móvel (11% versus 55% de penetração em 2011).

Bárcena destacou a necessidade de promover a economia digital para impulsionar o crescimento, o que requer conjugar novas estratégias de política industrial e tecnológica e consolidar um mercado de TICs integrado no qual se incorporem todos os países, setores produtivos e segmentos sociais. "A economia digital é uma força crucial para impulsionar a mudança estrutural, avançar na redução da desigualdade e fortalecer a inclusão social que tanto necessitam nossos países", afirmou.

Na inauguração da Conferência, Alicia Bárcena também agradeceu à Comissão Europeia pela cooperação ao desenvolvimento digital da região oferecida durante 10 anos, por meio do Programa @LIS. "Com este programa podemos dar seguimento a iniciativas tão importantes como o Diálogo Regional de Banda Larga que, graças ao compromisso dos 10 países integrantes impulsiona a diminuição das tarifas do serviço em 67% durante um período de dois anos", destacou.

"A intervenção do Estado é indispensável para assegurar a equidade no acesso e uso das TICs. Particularmente, é necessário considerá-las como um serviço de interesse público, pois facilitam a provisão de serviços sociais tais como a saúde, a educação e o governo eletrônico", cita a CEPAL no livro sobre economia digital.

No Encontro Ministerial de Montevidéu se examinarão os êxitos e desafios regionais na temática da sociedade da informação, de acordo com as metas do  Plano de Ação Regional para a Sociedade da Informação, eLAC2015, que visa a universalização da banda larga, o alcance de um governo eletrônico transacional e participativo, o alcance do acesso de todas as micro, pequenas e médias empresas às TICs,  a promoção da integração regional através das TICs, e a universalização do acesso e  expansão das novas tecnologias aos setores de saúde e educação.

A Quarta Conferência Ministerial sobre a Sociedade da Informação é organizada pela CEPAL mediante o ://www.cepal.org/socinfo -co-financiado pela Comissão Européia - e pelo Governo do Uruguai, através da  Agência de Governo Eletrônico e Sociedade da Informação (AGESIC).

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Os meios de comunicação que desejem cobrir a Conferência podem cadastrar-se no seguinte link.

Para mais informações, entrar no site da Conferência www.cepal.org/ministerialelac

Para consultas, contatar a Unidade de Informação Pública e Serviços Web da CEPAL. E-mail:  prensa@cepal.org; telefone: (56 2) 2210 2040.

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