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Fluxos de capitais para a América Latina e o Caribe: revisão de 2021 e dos primeiros quatro meses de 2022

8 de junho de 2022|Nota informativa

Depois de alcançar um recorde em 2021, a emissão de títulos da América Latina e do Caribe (ALC) nos mercados internacionais se desacelerou consideravelmente nos primeiros quatro meses de 2022.

  1. A emissão total de títulos da América Latina e do Caribe (ALC) nos mercados internacionais alcançou US$ 149 bilhões em 2021, sendo um recorde histórico. Prevendo condições de endividamento externo mais rígidas em 2022, muitos emissores recorreram aos mercados internacionais de títulos para assegurar taxas de juros baixas em meio a uma forte demanda de investidores.  
  1. Nos primeiros quatro meses de 2022, a emissão de títulos internacionais da ALC se desacelerou em comparação com a dinâmica do ano anterior. Com uma emissão de 38 bilhões de dólares, observou-se uma redução de 42% em relação ao mesmo período de 2021, motivada por uma política monetária mais restritiva da Reserva Federal dos Estados Unidos e pela guerra entre Rússia e Ucrânia, questões que contribuíram para aumentar o custo de financiamento.  
  2. A emissão de títulos vinculados a questões ambientais (Green Social Sustainability and Sustainability linked bonds) alcançou US$ 46,2 bilhões em 2021, representando uma participação de 31,0% no montante total anual emitido. Esta participação foi mais de três vezes a observada em 2020 (9,3%) e quase oito vezes maior do que a média do período 2015-2020 (4,2%). Nos primeiros quatro meses de 2022, esta proporção aumentou até alcançar 35,4% das emissões.  
  3. Os preços das ações diminuíram nos primeiros quatro meses de 2022, ao mesmo tempo que os spreads aumentaram. Os spreads dos títulos da ALC foram ajustados no primeiro trimestre de 2022 (-2 pontos básicos), mas aumentaram 41 pontos básicos em abril, aumentando o custo de financiamento num contexto de maior aversão ao risco. Os preços das ações seguiram um padrão similar, aumentando no primeiro trimestre e diminuindo em abril.  
  4. A qualidade creditícia na região continuou se deteriorando em 2021, embora a um ritmo menor do que em 2020. Houve 14 ações de classificação creditícia negativas e nenhuma ação de melhoria. As ações de classificação creditícia negativas superaram em número as ações positivas na região durante nove anos consecutivos. No entanto, a qualidade creditícia mostrou sinais de melhoria em 2022, com um saldo de duas ações de qualificação creditícia positivas acima das negativas.  

Para uma análise completa e detalhada, consulte o arquivo PDF anexo com o documento completo (em inglês).