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Investimentos na indústria brasileira depois da abertura e do real: o mini-ciclo de modernizações, 1995-1997

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Investimentos na indústria brasileira depois da abertura e do real: o mini-ciclo de modernizações, 1995-1997

Autor institucional: NU. CEPAL - NU. CEPAL. División de Desarrollo Económico - Países Bajos. Gobierno Descripción física: 72 páginas. Editorial: CEPAL Data: novembro 1999 Signatura: LC/L.1289

Descrição

Resumo Este trabalho descreveu o processo de investimento que teve lugar na indústria brasileira no triênio 1995-97, depois de concluída a abertura comercial e implementado o programa de estabilização - o Plano Real. Apresenta, em base à extensa pesquisa, dois conjuntos de resultados centrais. Primeiro, identificou, a nível da indústria como um todo, um 'mini-ciclo de modernizações'. Ainda que os segmentos mais dinâmicos tenham estendido o investimento além da modernização, o movimento mais importante e generalizado foi a modernização. O argumento analítico apresentado é o de que o processo foi viabilizado pelo fato de que o investimento em modernização caracteriza-se por um alto rendimento, porquanto eleva a eficiência de todo o estoque de capital preexistente. O argumento resolve um 'enigma', qual seja, o de que, em circunstâncias de baixa rentabilidade (associada à taxa de câmbio valorizada), elevadas incertezas (ainda que muito inferiores ao período mega-inflacionário) e juros altos, a indústria haja elevado substancialmente a taxa de investimento, pelo menos em relação aos níveis prévios ao Plano Real. Durante o mini-ciclo, a eficiência marginal do capital foi alta, superior mesmo ao alto 'Custo de oportunidade do capital', que são as taxas de juros astronômicas pagas pelo títulos públicos (média de 20% ao ano no triênio 1995-97, em termos reais).Segundo, o trabalho hierarquiza o grau de dinamismo relativo entre os distintos setores da indústria e explica o que determinou essa hierarquia. A análise dos determinantes dos investimentos concentra-se nos impactos da evolução macroeconômica e de organização industrial pós-abertura sobre a rentabilidade, o crescimento e os investimentos das empresas dos distintos setores. Buscam-se os determinantes, por um lado, no crescimento da produção e na rentabilidade do capital e, por outro, na relação entre a 'Trilogia' investimento/crescimento/rentabilidade e as condições em que a organização 'microeconômica' de cada setor enfrentou a concorrência internacional.O trabalho integra um estudo sobre o desempenho da economia latino-americana nos anos noventa, depois de iniciadas as reformas e depois dos substanciais avanços conquistados na estabilização de preços na região. Por essa razão, um de seus objetivos foi avaliar os efeitos do novo contexto regulatório, pós-abertura e privatizações, e do novo contexto macroeconômico introduzido pelo Plano Real. No caso brasileiro, os impactos oriundos da evolução da macroeconomia nos anos noventa - ou seja, turbulências anteriores ao Plano Real e dificuldades posteriores ao mesmo -Este trabalho descreveu o processo de investimento que teve lugar na indústria brasileira no triênio 1995-97, depois de concluída a abertura comercial e implementado o programa de estabilização - o Plano Real. Apresenta, em base à extensa pesquisa, dois conjuntos de resultados centrais. Primeiro, identificou, a nível da indústria como um todo, um 'mini-ciclo de modernizações'. Ainda que os segmentos mais dinâmicos tenham estendido o investimento além da modernização, o movimento mais importante e generalizado foi a modernização. O argumento analítico apresentado é o de que o processo foi viabilizado pelo fato de que o investimento em modernização caracteriza-se por um alto rendimento, porquanto eleva a eficiência de todo o estoque de capital preexistente. O argumento resolve um 'enigma', qual seja, o de que, em circunstâncias de baixa rentabilidade (associada à taxa de câmbio valorizada), elevadas incertezas (ainda que muito inferiores ao período mega-inflacionário) e juros altos, a indústria haja elevado substancialmente a taxa de investimento, pelo menos em relação aos níveis prévios ao Plano Real. Durante o mini-ciclo, a eficiência marginal do capital foi alta, superior mesmo ao alto 'Custo de oportunidade do capital', que são as taxas de juros astronômicas pagas pelo títulos públicos (média de 20% ao ano no triênio 1995-97, em termos reais).Segundo, o trabalho hierarquiza o grau de dinamismo relativo entre os distintos setores da indústria e explica o que determinou essa hierarquia. A análise dos determinantes dos investimentos concentra-se nos impactos da evolução macroeconômica e de organização industrial pós-abertura sobre a rentabilidade, o crescimento e os investimentos das empresas dos distintos setores. Buscam-se os determinantes, por um lado, no crescimento da produção e na rentabilidade do capital e, por outro, na relação entre a 'Trilogia' investimento/crescimento/rentabilidade e as condições em que a organização 'microeconômica' de cada setor enfrentou a concorrência internacional.O trabalho integra um estudo sobre o desempenho da economia latino-americana nos anos noventa, depois de iniciadas as reformas e depois dos substanciais avanços conquistados na estabilização de preços na região. Por essa razão, um de seus objetivos foi avaliar os efeitos do novo contexto regulatório, pós-abertura e privatizações, e do novo contexto macroeconômico introduzido pelo Plano Real. No caso brasileiro, os impactos oriundos da evolução da macroeconomia nos anos noventa - ou seja, turbulências anteriores ao Plano Real e dificuldades posteriores ao mesmo - misturam-se com os que advêm da abertura, e seguramente comprometem alguns dos efeitos potencialmente benéficos da mesma sobre a competitividade da indústria, conspirando contra esses efeitos, também no que se refere a eventuais impulsos positivos à decisão de investir. A pesquisa confirmou estudos anteriores, ao revelar que o que move os investimentos é essencialmente o crescimento do mercado interno. A intenção de aumentar as exportações não está ausente da decisão de investir, mas essa decisão determina-se essencialmente pelas perspectivas do mercado doméstico. Ocorre que, como há consenso no país de que há problemas para que o modelo de estabilização com âncora cambial se sustente a médio prazo, e de que enquanto se sustenta exige taxas de crescimento baixas, as expectativas quanto a rentabilidade futura também se deprimem.