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A CEPAL publica uma nova edição do Anuário Estatístico com dados relevantes sobre o desenvolvimento da região

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5 de fevereiro de 2018|Comunicado de imprensa

A versão de 2017 apresenta informação atualizada sobre um conjunto selecionado de indicadores sociodemográficos, econômicos e ambientais dos países da América Latina e do Caribe.

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Portada Anuario Estadístico 2017.
Portada Anuario Estadístico 2017.
Crédito: CEPAL.

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) divulgou o Anuário Estatístico da América Latina e do Caribe 2017, disponível na internet, que apresenta uma síntese estatística do desenvolvimento sociodemográfico, econômico e ambiental dos países da região.

Esta publicação anual contribui para a geração de conhecimentos sobre a América Latina e o Caribe e, portanto, constitui uma referência essencial para a análise comparada entre países com dados estatísticos descritivos. Esta edição contém informação que estava disponível até meados de dezembro de 2017. 

A publicação deste ano mantém as mudanças introduzidas na versão de 2016 na forma em que se apresentam os indicadores, ao privilegiar a incorporação de gráficos e tabelas estatísticas que facilitam a leitura da informação. Além disso, a versão digital permite acessar on-line a informação primária das séries estatísticas com uma maior cobertura temporal e geográfica.

O Anuário 2017 está organizado em quatro capítulos. O primeiro trata de aspectos demográficos e sociais, que incluem indicadores de população, trabalho, educação, saúde, habitação e serviços básicos, pobreza e distribuição da renda e gênero.

Segundo esses dados, o tamanho médio dos domicílios passou de 3,9 para 3,6 pessoas entre 2008 e 2016. No final desse período, os domicílios do primeiro quintil de renda tinham em média 4,5 pessoas, quase 2 pessoas mais que os domicílios do quintil de maior renda (2,7). Por sua vez, entre 2008 e 2016, os domicílios unipessoais, biparentais sem filhos e monoparentais aumentaram sua participação no total.

No âmbito do trabalho remunerado, em 2016 a taxa de participação dos homens na atividade econômica alcançou 79%, enquanto a das mulheres foi de apenas 51%. Por sua vez, a taxa de desemprego aberto urbano registrou uma média de 6,7% no âmbito regional, mas entre as pessoas de 15 a 24 anos de idade chegou a 15,9%. Por outro lado, 44% dos homens e 51% das mulheres que se encontram ocupados trabalham em setores de baixa produtividade. No âmbito da educação, 1 de cada 2 pessoas em idade produtiva (25 a 59 anos de idade) estudou menos de 10 anos e somente 22% cursou estudos após o término da educação secundária.

O segundo capítulo apresenta informação econômica referente a contas nacionais, balanço de pagamentos e comércio exterior e índices de preços, entre outros. O Anuário mostra que em 2016 o PIB médio anual regional por habitante a preços correntes de mercado foi de 8.826 dólares, com valores similares entre a América Latina e o Caribe. Por sua vez, a conta corrente teve um saldo negativo de cerca de 92 bilhões de dólares (1,6% do PIB regional).

Quanto ao comércio intrarregional, em 2016 as exportações intrarregionais alcançaram 17% das exportações totais da região, enquanto as importações intrarregionais tiveram uma participação de 15% nas importações totais.

O terceiro capítulo oferece estatísticas e indicadores ambientais da região. Destacam-se dados sobre condições físicas, cobertura terrestre, ecossistemas, terra, recursos energéticos, hídricos e biológicos, emissões atmosféricas, eventos naturais e extremos, regulação e governança ambiental.

A superfície de áreas protegidas terrestres continuou aumentando até cobrir 23,4%, enquanto a proporção de áreas marinhas duplicou entre 2000 e 2014, alcançando 3,1%.  Entre 1990 e 2015 registrou-se uma perda acumulada da superfície florestal de 97 milhões de hectares, equivalentes a quase quatro vezes o tamanho do Equador. O documento também indica que em 2015 a extração pesqueira regional diminuiu em cerca de 4,5 milhões de toneladas com relação a 2011, evidenciando a diminuição dos recursos marinhos. Por sua vez, a superfície cultivada da região continuou aumentando e segue dominada pela soja (40% do total).

Por outro lado, a intensidade energética do produto interno bruto (em milhares de barris equivalentes de petróleo por milhão de dólares do PIB a preços constantes de 2010) na região diminuiu de 0,92 em 1990 para 0,81 em 2015, evidenciando ganhos de eficiência. A oferta de energia primária não renovável a partir de 2013 diminuiu em mais de 100 milhões de barris equivalentes de petróleo anuais. Analogamente, a proporção renovável aumentou entre 2013 e 2015, alcançando 26,7%, sendo que 42,1% correspondem a energia renovável que não requer combustão (hídrica, geotérmica, solar e eólica, entre outras fontes). 

Por último, o Anuário dedica um capítulo a detalhar os aspectos metodológicos das estatísticas apresentadas, bem como as referências às fontes dos dados, ambos incluídos em sua versão eletrônica.

Dado que a maior parte da informação provém dos institutos nacionais de estatística, bancos centrais, organismos internacionais e outras instituições oficiais, a CEPAL convida os usuários a prestar atenção nas fontes e notas técnicas apresentadas neste trabalho. Os dados foram obtidos a partir de metodologias e padrões internacionais com o fim de assegurar a maior comparabilidade possível entre os países, motivo pelo qual as cifras podem não coincidir necessariamente com os dados nacionais.

O documento em formato PDF e a sua versão eletrônica, que permite acessar os quadros em Excel, estão disponíveis no site da CEPAL. Pode-se encontrar mais informações no portal CEPALSTAT, que inclui um conjunto de estatísticas e indicadores atualizados periodicamente, com áreas adicionais e uma maior cobertura temporal do que os incluídos no documento.